AS POLÍTICAS CURRICULARES EM PORTUGAL (1995-2007). AGENDAS GLOBAIS E RECONFIGURAÇÕES REGIONAIS E NACIONAIS.
Journal Title: Revista Espaço do Currículo - Year 2009, Vol 1, Issue 2
Abstract
Numa análise crítica das recentes políticas educativas e curriculares em Portugal, colocamos o nosso olhar na relação entre globalização, agências internacionais e currículo, de forma a salientar quer as mudanças ao nível da organização escolar, quer a construção de uma “agenda globalmente estruturada” para a educação, que implica, de acordo com Dale (1999; 2001), a operação de forças institucionais supra e transnacionalmente para romper, ou ultrapassar, as fronteiras nacionais, reconstruindo, simultaneamente, as relações entre as nações. Estas forças supranacionais não pretendem a priori substituir o Estado, antes poderão afectar as políticas e as práticas educativas nacionais de diferentes formas e intensidades nos mais diversos Estados, uma vez que esses efeitos são sempre mediados pelo local1. Reforçamos a ideia de que as políticas educativas e curriculares devem ser entendidas como o produto de múltiplas influências e interdependências, constituindo um processo de bricolage (Ball, 1994) que reflecte interesses, valores, princípios e regras que, em determinado momento, são dominantes ou não (Pacheco, 2002). É nesta lógica que nos propomos apreender a influência que os resultados dos grandes projectos da OCDE têm na construção das políticas educativas e curriculares em Portugal, por um lado, e, por outro lado, como tem sido construído o processo de europeização dessas mesmas políticas. Para a análise crítica das políticas educativas e curriculares no período 1995- 2007, procuramos descrever os efeitos e implicações dos resultados dos projectos da OCDE, nomeadamente o PISA, bem como das orientações emanadas da União Europeia, nas opções curriculares tomadas nestes últimos 12 anos em Portugal.
Authors and Affiliations
Maria Luiza P. de Alencar Mayer Feitosa
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